quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
PERPENDICULARap II - PEQUENO DESVIO PARA UMA GRANDE LIBERDADE - 06/02/09 BH/MG
Venho propondo, diante das configurações contemporâneas, estimular ações experimentais capazes de revigorar recortes temporais/espaciais. O acontecimento, destituído de sua temporalidade seqüencial, transborda no instante como manifestação de vida, potencialidade inventiva, celebração.
Interessa-me, nesse momento, pensar nas pequenas profanações que podem se manifestar no cotidiano. Desvios e deslocamentos físicos e energéticos intentando eventuais explosões daquilo que se pré-configura como estabelecido. Profanar, nesse caso, é trazer uma nova ordem, que a priori é caos total, facilitando outras percepções para o lugar, o tempo/espaço, a macro e micro-política, a troca, o agenciamento, a colaboração, a experiência, a vida. A arte, como elemento construtor dessas proposições, deixa de ser apenas disciplina e mercadoria, abrangendo reflexões estendidas a campos variados do saber. Por se constituir como elemento estruturador de práticas de vida, sua extensão ultrapassa campos específicos.
PERPENDICULAR, nesse caso, funciona como um entre, capaz de acolher tais manifestações, por mais díspares que sejam. Como ocorreu anteriormente, em 2009, tivemos dois encontros que, organizados e divulgados, repercutiram satisfatoriamente. Diante disso, me parece adequado a justificativa para dizer sobre o segundo evento, PERPENDICULAR – ações para apartamento, que aconteceu no mesmo endereço do anterior. Sem divulgação e previsão intencional, uma nova ocupação do apartamento aconteceu dia 06 de fevereiro de 2010.
Pequeno desvio para uma grande liberdade, configura-se como ação de busca desesperada por alívio físico. Nessa busca, transformo o banheiro da minha casa em lugar público, cobrando dinheiro para que os animados e necessitados usuários das ruas pudessem aliviar suas necessidades fisiológicas. Como condição, os usuários se deixavam fotografar.
Explico melhor! É tradição no bairro que moro, Santo Antônio, uma festa pré-carnavalesca em que blocos de samba se reúnem nos botecos da região e depois desfilam pelas ruas. Sábado passado foi o dia desse encontro. Para isso, foi preparada uma sala/copa no passeio em frente a minha casa onde dispus, ao lado de uma árvore, mesa, cadeiras, vasos de plantas, quadros, tapete, almofadas e balões, muitos balões. Convidei alguns amigos para participar desse encontro e observar privilegiadamente o movimento dos transeuntes em festa. A princípio, seguindo uma prática já realizada por Louise Ganz e Breno Silva ( Banquetes - lotevago.blogspot.com ) de ocupação do passeio em frente a casa da Louise, o que foi proposto desdobrou-se em outra forma de circulação, desviando parte do fluxo de foliões para dentro do espaço familiar. A partir daí, instaurou-se uma nova PERPENDICULAR – ações para apartamento.
O publico feminino, em sua maioria, e alguns homens, por não conseguirem aguardar a fila dos banheiros públicos, ofereciam dinheiro para usar o banheiro da minha casa. O que a princípio parecia algo inusitado, transformou-se em prática aberta ao contato com o outro, à socialização, à transformação do espaço privado. Por ser uma residência, era impossível aos usuários usar o ambiente de forma fria e distante. A circulação de pessoas tornou-se um evento e o que poderia ser apenas troca monetária foi estímulo para uma alegre participação coletiva.
Veja as imagens:
Interessa-me, nesse momento, pensar nas pequenas profanações que podem se manifestar no cotidiano. Desvios e deslocamentos físicos e energéticos intentando eventuais explosões daquilo que se pré-configura como estabelecido. Profanar, nesse caso, é trazer uma nova ordem, que a priori é caos total, facilitando outras percepções para o lugar, o tempo/espaço, a macro e micro-política, a troca, o agenciamento, a colaboração, a experiência, a vida. A arte, como elemento construtor dessas proposições, deixa de ser apenas disciplina e mercadoria, abrangendo reflexões estendidas a campos variados do saber. Por se constituir como elemento estruturador de práticas de vida, sua extensão ultrapassa campos específicos.
PERPENDICULAR, nesse caso, funciona como um entre, capaz de acolher tais manifestações, por mais díspares que sejam. Como ocorreu anteriormente, em 2009, tivemos dois encontros que, organizados e divulgados, repercutiram satisfatoriamente. Diante disso, me parece adequado a justificativa para dizer sobre o segundo evento, PERPENDICULAR – ações para apartamento, que aconteceu no mesmo endereço do anterior. Sem divulgação e previsão intencional, uma nova ocupação do apartamento aconteceu dia 06 de fevereiro de 2010.
Pequeno desvio para uma grande liberdade, configura-se como ação de busca desesperada por alívio físico. Nessa busca, transformo o banheiro da minha casa em lugar público, cobrando dinheiro para que os animados e necessitados usuários das ruas pudessem aliviar suas necessidades fisiológicas. Como condição, os usuários se deixavam fotografar.
Explico melhor! É tradição no bairro que moro, Santo Antônio, uma festa pré-carnavalesca em que blocos de samba se reúnem nos botecos da região e depois desfilam pelas ruas. Sábado passado foi o dia desse encontro. Para isso, foi preparada uma sala/copa no passeio em frente a minha casa onde dispus, ao lado de uma árvore, mesa, cadeiras, vasos de plantas, quadros, tapete, almofadas e balões, muitos balões. Convidei alguns amigos para participar desse encontro e observar privilegiadamente o movimento dos transeuntes em festa. A princípio, seguindo uma prática já realizada por Louise Ganz e Breno Silva ( Banquetes - lotevago.blogspot.com ) de ocupação do passeio em frente a casa da Louise, o que foi proposto desdobrou-se em outra forma de circulação, desviando parte do fluxo de foliões para dentro do espaço familiar. A partir daí, instaurou-se uma nova PERPENDICULAR – ações para apartamento.
O publico feminino, em sua maioria, e alguns homens, por não conseguirem aguardar a fila dos banheiros públicos, ofereciam dinheiro para usar o banheiro da minha casa. O que a princípio parecia algo inusitado, transformou-se em prática aberta ao contato com o outro, à socialização, à transformação do espaço privado. Por ser uma residência, era impossível aos usuários usar o ambiente de forma fria e distante. A circulação de pessoas tornou-se um evento e o que poderia ser apenas troca monetária foi estímulo para uma alegre participação coletiva.
Veja as imagens:
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Pra dois_encanto - Regina Ganz
Regina gosta de culinária exótica. Na PERPENDICULARAP, preparou um frango típico da Malásia. Camarão seco, nozes de macadâmia, açafrão e leite de côco, além do frango, são os ingredientes básicos para este prato, acompanhado de arroz com perfume de jasmim.
Os dois primeiros convidados para a degustação foram escolhidos pela própria artista. Na sequência, cada um deles convida um outro para substituí-lo, criando um fluxo de encontros íntimos entre pessoas desconhecidas.
Os dois primeiros convidados para a degustação foram escolhidos pela própria artista. Na sequência, cada um deles convida um outro para substituí-lo, criando um fluxo de encontros íntimos entre pessoas desconhecidas.
fotos: Lísia Maria, Marco Paulo Rolla
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
FRÁGIL CONTATO - Wagner Rossi
Um lugar preparado para bons encontros. Uma mesa, velas, pratos. Folhas secas e um galho de árvore que caiu com o vento.
Vinte pratos estão empilhados, lado a lado, sobre a mesa. O artista entra, ilumina o ambiente com as velas e, cuidadosamente, pega o primeiro prato. Suspenso, entre a boca e a parede, o prato cai ao chão após um certo tempo. Esta sequência repete-se durante todo o período da performance. O homem e a mulher, em silêncio e distantes um do outro, sustentam pratos por um tempo e, subitamente, os soltam. Um rastro de cacos brancos preenche todo o espaço.
fotos: Lísia Maria, Marco Paulo Rolla e Wagner Rossi.
performer convidada: Raquel Versieux
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Crisálida - E. Mendes
O artista, nu, sai do apartamento e caminha até a entrada da Galeria de Arte da Copasa. Sobe as escadas e abre os braços. Após alguns segundos, retorna ao apartamento e, por um período de 3 horas, depois de tecer um "casulo" de cordas, fica imóvel em seu interior.
fotos: Lísia Maria, Marco Paulo Rolla e Wagner Rossi
terça-feira, 10 de novembro de 2009
MUROSEFUNDOS
Projeção Especial. Com hora marcada, convite e tudo mais. Foi uma participação no movimento da Perpendicular – Ações Para Apartamento, organizado para compor com a abertura de uma exposição na galeria da Copasa. O apartamento era em frente à rua Mar de Espanha, da Copasa, e foi ocupado por intervenções artísticas diversas, performances, em sua maioria. A exposição na Copasa era de Clarice Lacerda, Vicente Pessoa e Pedro Veneroso, e a própria Clarice, junto com Wagner Rossi, dono do apartamento, e outros amigos, propuseram a ação perpendicular. Parece que na galeria não foi permitido que eles fizessem qualquer tipo de performance, corporal, de vídeo, ou o que fosse…
O MuroseFundos rolou na rua, projetando nos prédios, nos ônibus que subiam, num portão de garagem, na esquina. Foi muito legal, o lugar era dos mais escuros em que já estivemos e a imagem ficou grandona, com cores vivas. Foi interessante ter um público, que foi uma aglomeração até considerável de pessoas. Levamos imagens de duração longa: a movimentação de pessoas dentro de um ônibus durante um trajeto bairro-centro, um cara consertando um guarda-chuva, homens jogando damas. Vale a pena ver essas fotos (todas valem!), que ficaram especialmente lindas! Viva!
Elisa Marques
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Paulo Nazareth
O artista, ao chegar, decide-se por subir muros e grades do prédio até o apartamento do terceiro andar. Dentro da varanda externa do apartamento, insiste, com palmas, para que o morador o atenda.
O morador abre a porta e Paulo entra em sua casa. Ao retornar, traz consigo um desenho que fez durante o tempo que ficou lá.
O morador abre a porta e Paulo entra em sua casa. Ao retornar, traz consigo um desenho que fez durante o tempo que ficou lá.
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